domingo, 14 de outubro de 2012

Partes e Funções da Coluna de Fracionamento









Por: Antonio Bruno Vivas-nº01
Antônio Ricardo D’Araújo-nº02
Celso Vinicios da Silvanº03
Dandara Alana Alcântara-nº04













Partes e Funções da
Coluna de Fracionamento

















Salvador, 14 de Junho de 2010



 Por: Antonio Bruno Vivas-nº01
Antônio Ricardo D’Araújo-nº02
Celso Vinicios da Silvanº03
Dandara Alana Alcântara-nº04














Partes e Funções da
Coluna de Fracionamento





Trabalho apresentado ao professor Cláudio Reynaldo da disciplina de Equipamentos Industriais da turma 5822, turno matutino do curso de Automação e Controle Industrial





















Salvador, 14 de Junho de 2010
Resumo



A destilação na área industrial é de suma importância para os diversos processos que ocorrem na mesma,  pois a destilação de um determinado produto, fornece diversos derivados do mesmo, servindo agora, de matéria prima para diversas aplicações. Desta forma, serão abordadas ao longo do relatório as partes que compõe uma torre de fracionamento ou destilação, assim como, a função de cada parte.Com a realização deste trabalho esperamos ampliar nosso conhecimento, já que como futuros técnicos em automação industrial faz-se necessário a aprendizagem do tema abordado.Além de passar o conhecimento adquirido aos demais interessados acerca do assunto.

Palavras-chave :coluna de fracionamento, torre de destilação
























Sumário



Introdução

Colunas de Fracionamento 

Seções

Outros Equipamentos 

Equipamentos auxiliares

Materiais

Conclusão

Referências Bibliográficas 

 1.0                Introdução

Vários filmes ou desenhos animados mostram imagens do petróleo como um líquido espesso e escuro jorrando para o alto ou fluindo de uma plataforma de perfuração. Mas quando você coloca gasolina no carro, já deve ter percebido que ela não é escura nem espessa. Além disso, há muitos outros produtos que são derivados do petróleo, como giz de cera, plásticos, óleos, combustíveis, querosene, fibras sintéticas e pneus. Como é possível conseguir esses e outros produtos a partir do petróleo bruto? 

O meio mais comum de separação no refino de petróleo, na petroquímica e no processamento do gás natural é a destilação fracionada, que utiliza a diferença entre os pontos de ebulição da mistura num processo de aquecimento, separação e esfriamento dos produtos.
  
2.0                Colunas de Fracionamento

A destilação industrial é realizada em grandes colunas cilíndricas verticais conhecidas "torres de destilação ou fracionamento" ou "colunas de destilação". As torres de destilação tem escoadouros de líquidos a intervalos na coluna, os quais permitem a retirada de diferentes frações ou produtos que possuem diferentes pontos de ebulição.

Ela é utilizada em um processo quando se quer separar um produto em dois ou mais derivados, por meio da evaporação e condensação entres os componentes em questão. Essa separação é feita através da destilação utilizando o calor como o agente que irá promover a separação. Nesses equipamentos não ocorre nenhum tipo de reação química, e sim trocas térmicas e mudanças de estado da matéria. No caso específico do nosso trabalho, daremos maior ênfase às partes de uma torre de fracionamento, que podem ser dividas em várias partes.

O Casco é a região onde ocorre todo o processo de fracionamento, possui uma forma cilíndrica e é fechado nas duas extremidades por dois tampões, formando assim um vaso de pressão com diversos acessórios internos. O tamanho da torre será determinado por cada tipo de processo específico, ou seja, a altura da torre deve ser adequada ao tipo de separação que se deseja.

A depender da altura da torre o casco pode ser inteiro ou em anéis que serão unidos por meio de solda, de flange, ou de parafusos a depender do processo. Os tampos são peças com o mesmo diâmetro do casco geralmente de forma elíptica ou torrisférica que vedam as extremidades da torre.
  
3.0 Seções

A Seção de topo é constituída: por um bocal de saída que é utilizado para saída de vapor, por um bocal de entrada de refluxo (fluido do interior da torre que vai de um prato a outro), pelo distribuidor que melhora a distribuição de líquidos nas bandejas; pelo demister (Eliminador de névoa que não permite a passagem de gotículas de líquido em suspensão nas saídas de gás e vapor), e geralmente por chaminés que são instaladas nas panelas de retirada total, permitindo a passagem do vapor da seção inferior para a superior.

Seção Intermediária é a região entre a seção de topo e a seção de fundo constituída por bocais de entrada de carga, prato, chicanas entre outras partes comuns as três partições, e de saída de retiradas intermediárias, além de panelas de retirada total ou parcial.

Seção do Fundo é a região onde ficam os produtos mais pesados, chamados de produtos residuais, que dão origem a borra asfáltica. Existe nesse local bocais de saída para permutadores de calor do tipo referverdor, além, de bocais para a entrada de vapor já aquecido e é também o local onde fica encaixado o suporte de sustentação. Nela podemos encontrar também as bocas de visitas que são aberturas encontradas no casco com posição estratégica para facilitar o acesso ao interior do mesmo para manutenção, inspeção ou montagem. Na maioria dos cascos as bocas de visitas são construídas parecidas com um bocal flangeado, e tampadas por um flange cego. São bocais em torno de 20”.
  
4.0 Bandejas ou Pratos

As Bandejas ou Pratos são elementos colocados no interior do casco dispostas de forma paralela entre si, perpendicular a superfície do casco, em determinado número tendo e intervalos iguais, nesses pratos existem vertedores com as funções de formar um nível de líquido sobre o prato e direcionar o líquido que transborda para o prato abaixo. E também existem passagens para a passagem de vapor ou gases. Então, os líquidos tenderam a descer e os fluidos gasosos tenderam a subir. Pode variar com os seguintes tipos:

As bandejas de borbulhadores são chapas com a mesma forma do casco da torre com pequeninas chaminés em sua superfície recobertas por uma peça de fechamento chamada capacete que ao ser adaptada permite certa distância do topo da chaminé e possui pequenos furos verticais que permitem o escape do vapor e maior contato do fluido com o mesmo e que o fluido vaze por alguma das pequenas chaminés, só sendo presentes em equipamentos antigos.

As bandejas valvuladas possuem pequenas válvulas em sua superfície que só abrem quando há passagem de vapor em sentido ascendente e se fecham após isso impedindo a entrada do fluido a ser destilado em seu interior (vazamento). Esse tipo de prato junto com o perfurado são os mais comuns na industria e não apresentam um range bem definido de velocidade de escoamento para os fluidos.

Já as bandejas perfuradas não são nada mais nada menos que chapas com orifícios de diâmetro dependente do processo por onde passará o vapor que entrará em contato com o fluido que inunda a bandeja.  Esse tipo de bandeja não é aconselhada para se trabalhar com baixas vazões de vapor e existe probabilidade significativa dos orifícios entupirem em processos com contaminantes.

As bandejas ou pratos podem ser divididos em: Zona de dispersão ativa (varia de 40 a 70% do prato),Zona periférica de enrijecimento e suporte(varia de 2 a 5% do prato), Zona de separação e de distribuição(varia de 5 a 20% do prato), Zona dos vertedores (varia de 10 a 30% do prato).  Ou ainda em: Zona I (zona de espuma de altura variável), Zona II (região de grandes gotas que coalescem e retornam ao prato), Zona III (região de pequenas gotas que são arrastadas para o prato de cima e voltam ao prato ao prato de origem com o líquido). (Slide Curso de destilação e extração –COFIC- DESTILAÇÃO 07 e 08)
  
5.0 Vertedouros ou downcomers

Cada coluna tem dois condutores, um de cada lado, chamado vertedouro (canal de descida ou, como usa-se muito na prática o termo em inglês, "downcomer") por onde o líquido cai por gravidade, de um prato para o outro, localizado imediatamente abaixo dele. Esses canais podem ser tubos ou mesmo uma chapa metálica entre o prato e o casco que deixa uma determinada lacuna (Apostila torres_petrobras.pdf).

Contudo as bandejas, independente do tipo de passagem do vapor podem possuir tipos de escoamento como cruzado, dividido, ou radial. No sentido de fluxo cruzado o produto entra por um lado percorre o prato e sai pelo outro lado sendo permitido o uso de vertedoutros para diâmetros até 2m; no sentido de fluxo dividido o liquido entra pelo centro e sai pelas laterais do prato sendo mais comum seu uso em torres de grande diâmetro; no sentido de fluxo radial o produto líquido sai do centro e se espalha pelo prato que possui aberturas de saída em sentido radial.
  
6.0 Panelas e Chicanas

Próximos aos pratos existem as panelas que são dispositivos colocados ao longo da torre de fracionamento, a fim de promover a retirada de quantidades de produtos ao longo da torre. As panelas podem ser de retirada total ou parcial, o que irá diferencia uma da outra, é a forma. A panela de retirada total é caracterizada por não permitir que o líquido se conduza a bandeja inferior à panela. Já a panela de retirada parcial, o produto transborda para a bandeja inferior.

Em algumas torres outro elemento é comum: as chicanas que são instrumentos colocados na torre de fracionamento, a fim de fazer com que o vapor e o líquido fiquem mais tempo na torre. Não é empregada em todos os tipos de torres de fracionamento, pois não recomendada quando se quer uma boa separação.

 7.0 Equipamentos Auxiliares

Essas torres de fracionamento são formadas também por uma série de equipamentos auxiliares que são equipamentos necessários para que haja o processo de fracionamentos. Exemplos desses instrumentos são:

·               Trocador de Calor: são equipamentos destinados a realizar a troca térmica entre determinados produtos, no casso da torre de fracionamento, os tipos que são utilizados são:

§   Condensador: É normalmente conectado a parte superior da torre de fracionamento e tem como finalidade fazer à condensação dos vapores leves que atingem o topo da coluna.

§   Referverdor: É conectado normalmente na região da base da torre de fracionamento, possui como função: aquecer o fluido que se acumula na parte de baixo da torre (base) e como conseqüência ocorre novaa evaporação dos produtos voláteis não vaporizados da primeira vez que entraram na torre.

§   Aquecedor: tem a finalidade de aquecer o produto de entrada da torre para que a maior parte do mesmo se vaporize e geralmente é conectado ao corpo intermediário da torre.

§   Resfriador: tem finalidade de resfrias, geralmente, os produtos finais da torre para melhorar suas condições de armazenamento ou colocar algum deles em condições adequadas para a continuidade do processo, quando necessário.

·         Bombas: responsável pela alimentação da torre com a carga de líquidos e por promover a retirada de produtos.

·         Caldeiras: fornece o vapor para os trocadores de calor e para a torre.

·         Tanques: locais onde são armazenados os produtos relacionados ao processo da torre. Como matéria prima (insumos), produtos finais, utilidades, e mesmo os ranques de armazenamento provisório para algum caso de emergência no processo.

  • Filtros rotativos: realiza a separação entre as substâncias compostas por soluto e solvente, de forma que retenha o composto mais sólido.
  • Tambor de acúmulo: recipiente que armazena o produto resfriado no trocador de calor condensador, no topo da torre.
Além desses equipamentos, sensores e controladores de pressão, nível, vazão e temperatura são instalados ao longo da torre para garantir uma maior eficiência na destilação.

Na parte externa as torres geralmente possuem escadas e Plataforma de acesso que são equipamentos utilizados apenas para se ter acesso a torre, para uma vistoria ou manutenção e suportes que normalmente são utilizados para suportar as torres de fracionamentos, uma saia que um suporte muito empregado na maioria dos vasos de pressão.

8.0 Materiais

Vale ressaltar que os materiais utilizados por esses equipamentos que compõe a torre de fracionamento, irão depender do processo, pois pode existir fatores como: corrosão, temperatura e contaminação; e por isso merece uma atenção quanto a resistência dos materiais. O material mais empregado para as chapas é o aço-carbono, sempre que o produto a ser armazenado não for muito corrosivo para esse tipo de aço, apesar da sobreespessura que se adota para fazer face à corrosão.
  
9.0 Conclusão

A torre de fracionamento de pratos é essencial a refinarias e usinas devido a sua grande utilidade na separação de fluidos. Os equipamentos de uma torre bem, como seu casco varia de processo a processo uma vez que, o tipo de bandeja, a localização das mesmas e das panelas, o material do casco, os equipamentos auxiliares utilizados são escolhidos com base no objetivo do processo e da precisão necessária para atingi-lo.

Todo estudo sobre os equipamentos e acessório dessas torres visa: melhor contato em cada prato que representa uma melhor separação neles e, melhor desempenho da coluna e, assim, menor número de pratos, coluna menor e, principalmente, menores custos de energia e material (carcaça, pratos, componentes internos, etc.).
  
10.0 Referências Bibliográficas

Material Eletrônico:

Slide sobre vasos de pressão do SESI/SENAI.
Slide Curso de destilação e extração –COFIC- DESTILAÇÃO 07 e 08


Material Didático:
REIS, V. Carlos.Vasos de Pressão - Eduardo Ferrer Santiago.EQUIPAMENTOS ESTÁTICOS

Torre – Petrobrás

ROITMAN, Valter-OPERAÇÕES UNITÁRIAS.
Apostila sobre sistemas mecânicos. Aludos do SESI/SENAI da turma de mecatrônica (22837) de 2009

















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